O Impostômetro, dispositivo emblemático localizado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou um marco histórico ao meio-dia desta sexta-feira (05): a arrecadação tributária atingiu a impressionante cifra de R$ 1 trilhão. Esse montante representa o total desembolsado pelos contribuintes aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano, incluindo impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária.
Surpreendentemente, esse patamar foi alcançado 21 dias antes do período comparável do ano anterior, indicando um crescimento expressivo de 21,7%. O economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, aponta que esse aumento pode ser atribuído à elevação da inflação, que influencia significativamente a tributação sobre os produtos, bem como ao vigoroso desempenho econômico observado no início do ano, superando as expectativas iniciais.
Além disso, contribuíram para esse incremento as arrecadações atípicas da Receita Federal e os aumentos do ICMS sobre itens como gasolina, diesel e gás em dez estados do país.
No entanto, Ruiz de Gamboa adverte que, para o restante do ano, espera-se um crescimento da arrecadação menos vigoroso, a menos que ocorram novos aumentos nas alíquotas de impostos. Isso se deve às projeções de uma inflação mais moderada e a uma desaceleração na atividade econômica.
O presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), João Eloi Olenike, enfatiza que o alcance da marca de R$ 1 trilhão representa um substancial aumento na arrecadação de tributos. Ele ressalta que essa situação reflete as políticas monetárias adotadas pelo governo atual, que desde o início da gestão tem se empenhado em aumentar as receitas para fazer frente ao considerável déficit público enfrentado até o momento.