Na manhã desta quinta-feira, 15, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), em conjunto com a 22ª Promotoria de Justiça de Juiz de Fora e a Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde da Macrorregião Sanitária Sudeste, conduziu a Operação No Mercy. A ação contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) da Zona da Mata e do Ministério Público do Rio de Janeiro.
A operação teve como objetivo investigar denúncias de favorecimentos pessoais e desvio de recursos públicos e privados na área da saúde. Após a apresentação de provas ao Poder Judiciário, que apontaram indícios de desvio de verbas milionárias, foram expedidos mandados de busca e apreensão, sequestro de imóveis, indisponibilidade de bens, bem como afastamento de cargos e empregos relacionados ao caso. Todos os mandados foram emitidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e no Rio de Janeiro. Além das medidas de busca e apreensão, estão sendo efetivados mandados de sequestro de imóveis e indisponibilidade de ativos financeiros, totalizando um valor de R$ 8.679.400,84.
A operação tem como objetivo estancar o desvio de verbas na área da saúde e reunir evidências para comprovar a participação e o favorecimento indevido dos envolvidos. Medidas cautelares criminais, como o afastamento de cargos e a suspensão de contratos suspeitos, também estão sendo implementadas.
Devido ao sigilo judicial, não será concedida entrevista coletiva no momento.
Em resposta à operação, a Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora emitiu um comunicado informando que tem colaborado com as investigações do Ministério Público e continuará a fazê-lo, mantendo sua postura de transparência, conforme adotada pela instituição e sua diretoria ao longo dos 169 anos de atendimento à população da cidade e região.