Após decisão, manifestantes saíram da ALMG em direção à praça Sete para cobrar que Romeu Zema pague o piso salarial da categoria.

Professores e servidores da Educação decidiram manter a greve da categoria em Minas Gerais. A decisão foi tomada por aclamação geral durante assembleia realizada na praça da Assembleia Legislativa, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. 




Os servidores decidiram deixar o local e marchar pelas ruas da cidade em direção à praça Sete. 

A categoria está em greve desde o início de março. A principal é a reivindicação do pagamento do piso salarial nacional da educação. 




A ALMG aprovou a concessão de 33,24% de reajuste para adequar os salários ao piso, mas o governador Romeu Zema (Novo) decidiu vetar o percentual. Ele sancionou apenas 10,06%, que vale para todo o funcionalismo público. 

Os professores presentes na assembleia geral decidiram também fazer uma vigília nos dias que houver reunião de plenário na ALMG. A atividade irá durar pelo menos até o próximo dia 12, quando ocorrerá uma nova assembleia para definir os próximos passos do movimento.




Procurada, a Secretaria Estadual de Educação informou que levantamento feito na terça-feira (5) apontou que 84% das escolas públicas estaduais funcionaram normalmente ou de forma parcial em todo o Estado.

“Com o intuito de preservar e respeitar os direitos dos estudantes e visando alinhar e planejar os procedimentos de reposição de aulas, será elaborado um cronograma para os dias paralisados”, disse a secretaria, em nota.




Audiência de conciliação termina sem acordo

A assembleia geral da greve da Educação aguardou por algumas horas o término de uma audiência de conciliação entre o governo Zema e o SindUTE no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.




A votação só ocorreu após o fim da reunião, na qual não houve acordo.  “O governo não apresentou nenhuma proposta que dialogue com a razão do início da greve, que é o piso salarial. Sem nenhuma proposta que dialogue com que originou a greve, não é possível celebrar nenhum tipo de acordo. Então, a reunião terminou sem entendimento”, afirmou a coordenadora geral do SindUTE, Denise Romano, que participou da audiência.

O governo de Minas disse que mantém diálogo aberto com a categoria. “Além disso, foi sancionado pelo Governador Romeu Zema projeto de lei com reajuste salarial de 10,06% para todos servidores públicos estaduais, incluindo os da Educação. O percentual estabelecido é o que a Lei de Reponsabilidade Fiscal (LRF) permite no momento”, afirmou o Palácio Tiradentes em nota.




O Tempo