Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde, repassado à reportagem, mostra que taxa de óbitos em vacinados com a dose de reforço é de 7% em 2022.
Apenas 7% das pessoas que receberam a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 morreram após complicações da doença em Minas Gerais neste ano. Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mostra que entre as 2.892 mortes pela doença ou por síndrome respiratória aguda grave, ocorridas entre janeiro até 4 de março, 219 foram registradas em quem recebeu três aplicações de imunizantes contra o coronavírus.
Se considerada a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes, o percentual representa cerca de 3,11 óbitos. Atualmente, em Minas, 46% da população já está imunizada com as três doses. No entanto, 2,3 milhões de cidadãos estão com a aplicação em atraso. O avanço do reforço, inclusive, é um protocolo para que as cidades mineiras liberem o uso de máscaras em locais fechados, conforme a pasta.
Municípios que já têm 70% dos moradores com os três registros podem retirar a obrigatoriedade do equipamento de proteção facial nos ambientes sem ventilação adequada, como shoppings, academias, escolas e transporte público.
“Nós já percebemos que os óbitos relacionados à ômicron foram muito mais intensos em quem não tomou a segunda dose ou não tomou o reforço. Então o reforço é fundamental porque ele muda completamente o número de pacientes que vão para o hospital”, disse o secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, em coletiva à imprensa na semana passada.
Em relação a quem não se vacinou, ou tomou apenas uma dose contra a Covid-19, os dados da SES apontam que 42,5% das mortes ocorreram em pessoas com este perfil, representando um índice de 24,05 óbitos a cada 100 mil pessoas.
Mortes de vacinados
O levantamento feito pela secretaria também mostrou que 49,8% das mortes por Covid, em 2022, foram em pessoas que receberam duas doses da vacina ou a aplicação única. A reportagem questionou à SES qual o perfil clínico destas vítimas, para saber se trata-se de pacientes com doenças associadas e com imunossupressão e aguarda retorno.
A prefeitura de Belo Horizonte também foi indagada para saber se há uma pesquisa do tipo para os óbitos por Covid-19, na capital, mas ainda não respondeu. .
O Tempo