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Previsão indica calor de 50°C no Sul e preocupa cientistas

João G. 8 de janeiro de 2022

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O modelo meteorológico norte-americano GFS projeta em sucessivas saídas temperaturas de até 47ºC na área de Porto Alegre e máximas perto de 50ºC no Rio Grande do Sul, Centro da Argentina e no Uruguai no final da próxima semana.

Seria o maior calor de todos os tempos, a “mãe de todas as ondas de calor” com valores que dizimariam recordes de temperatura máxima que perduram por mais de um século e com recorrência talvez de milhares de anos.

Estes valores extraordinários, beirando o inimaginável, têm aparecido em vários sites e aplicativos que oferecem previsão do tempo gerada automaticamente por computador a partir de um ou mais modelos, sem intervenção de meteorologista

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Antes de tudo, é preciso entender o que é um modelo meteorológico. São projeções feitas por supercomputadores que processam bilhões de cálculos a partir de equações matemáticas que são realizadas a cada número determinado de horas a partir de observações meteorológicas do mundo inteiro de satélites, estações de superfície e da atmosfera por sondagens realizadas por balões meteorológicos.

Todos estes dados são inicializados no computador que processa e faz simulações futuras a partir deles. Modelo, assim, é ferramenta de previsão do tempo, dado bruto, e não previsão do tempo final feita por meteorologista. Muitas vezes, os meteorologistas daqui e do exterior já observaram tais simulações indicarem muitos dias antes cenários fora da realidade como, por exemplo, múltiplos furacões simultâneos no Atlântico que jamais se concretizaram. Ou nevascas nos Estados Unidos com acumulações imensas que jamais ocorreram.

A tecnologia de modelagem numérica avançou muito e é uma revolução na previsão do tempo, mas imperfeita.

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Há muitos modelos meteorológicos e que apresentam resultados distintos. Ao assinante, por exemplo, oferecemos dados de modelos como o norte-americano, canadense, alemão, o WRF e outros.

O modelo GFS, que vem projetando temperatura extraordinariamente alta em nível absurdo para a metade deste mês, é a sigla de Global Forecasting System e operado pela NOAA, a Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera, agência de previsão do tempo e do clima do governo dos Estados Unidos.

Por isso, quando fazemos uma previsão do tempo, não consideramos apenas um modelo em particular, mas todo um conjunto de dados. Mundialmente, meteorologistas atentam muito às simulações do modelo ECMWF, europeu, que possui um índice de precisão maior que o norte-americano.

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Foi o que, com base em processamento de dados de satélites polares, conseguiu antecipar com precisão o posicionamento da tempestade Sandy que causou desastre na região de Nova York em 2012 ao passo que outras simulações foram incapazes de antecipar o que viria a ocorrer.

No caso do Rio Grande do Sul, a literatura técnica observa que os modelos exageram as altas temperaturas nas áreas subtropicais na estação quente, o verão, enquanto que os vieses negativos são vistos nos meses frios em toda a região (Menéndez, C. G., and coauthors, 2010: Downscaling extreme month-long anomalies in southern South America. Climatic Change, 98, 379-403, doi:10.1007/s10584-009-9739-3).

Projeções de modelos para sete a dez dias no verão são menos confiáveis que no inverno, uma vez que a atmosfera mais quente e instável favorece mudanças mais frequentes e radicais de prognósticos enquanto na estação frias as tendências de sete a dez dias costumam apresentar uma maior regularidade e menos alterações.

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Com isso, o que hoje, 7 de janeiro, o modelo indica para o dia 15 de janeiro pode ser radicalmente diferente do que o mesmíssimo modelo indicará para o mesmo dia 15 em 13 ou 14 de janeiro. O que o modelo GFS tem projetado

Rodada após rodada tem indicado calor em patamares que são absurdamente altos e além do que poderia ser concebível para áreas como a do Rio Grande do Sul. Vem apontado máximas tão altas quanto perto de 50ºC e de até 47ºC para Porto Alegre.

Valendo-se apenas de um ponto da grade, no caso a capital gaúcha, o modelo GFS indicou na sua saída das 12Z de ontem para Porto Alegre máximas de 41ºC no dia 12, 39ºC no dia 13, 44ºC no dia 14 e 46ºC no dia 15. Na saída das 18Z de ontem, o GFS projetou para a cidade 42ºC no dia 12, 37ºC no dia 13, 39ºC no dia 14 e 42ºC no dia 15. Na rodada da 0Z de hoje, o mesmo modelo apontou para Porto Alegre 39ºC no dia 12, 42ºC no dia 13, 45ºC no dia 14 e 46ºC no dia 15. Já na rodada das 6Z de hoje, o GFS projetou 38ºC no dia 12, 37ºC no dia 13, 40ºC no dia 14, e 47ºC no dia 15.

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Que um dos principais modelos meteorológicos existentes e o mais usado no mundo – porque de acesso gratuito – esteja projetando valores tão absurdamente altos por óbvio faz acender uma luz de alerta para nós meteorologistas.

“Opa, isso é extremo, é preciso acompanhar de perto”. Até porque, mesmo estando no território do absurdo, os últimos meses no mundo tiveram eventos que se concebia como quase impossíveis como a onda de calor no Oeste dos Estados Unidos e Canadá em junho de 2021 que deixou 800 mortos e com estimativas de até 1.400 fatalidades.

Seattle (EUA) anotou 42ºC, quando a média máxima de junho é de 22ºC, o que seria equivalente a título de comparação e ilustração Porto Alegre ter 50ºC, já que a média máxima de janeiro é de 30ºC.

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Normalmente, sequer viríamos a público para trazer estes dados e fazer comentários quase dez dias antes porque, como explicado, podem mudar muito.

Sem mencionar o risco de que alguns meios de imprensa e parte do público compreendam equivocadamente que a MetSul está a prever calor de quase 50ºC, o que não está, em uma era de crônica desinformação e hipérboles por redes sociais como Whatsapp e portais de internet.

Ocorre que se avolumam os questionamentos do público, que está vendo tais valores em diferentes sites e aplicativos populares de celular que fazem uso do GFS, e as pessoas precisam entender o que estão enxergando e ter uma palavra profissional.

Quando vemos o modelo indicando máxima de 47ºC para Porto Alegre e uma temperatura no nível de pressão de 850 hPa (1.500 metros de altitude) de 31ºC, obviamente somos obrigados a ver tais projeções com um misto de ceticismo, cautela e atenção. Ceticismo porque uma máxima de 47ºC não apenas dizimaria o recorde de Porto Alegre de 40,8ºC de 1943, como também do Rio Grande do Sul de 42,6ºC de 19 de janeiro de 1917 (Alegrete) e 1º de janeiro de 1943 (Jaguarão).

E não para aí. Quebraria o recorde do Brasil de 44,8ºC em 4 e 5 de novembro de 2020 em Nova Maringá, no Mato Grosso. Pior, ficaria perto do recorde de calor oficial da América do Sul reconhecido pela Organização Meteorológica Mundial (OMM/WMO) de 48,9ºC em Ridavia, na Argentina, em 11 de dezembro de 1905. Seria absurdamente fora de curva e um desvio gigantesco da climatologia, algo que somente poderia se esperar sob os piores cenários (hoje improváveis) de aquecimento planetário de 4ºC a 5ºC pelas projeções para o ano 2.100.

Cautela e atenção porque, mesmo que o modelo esteja exagerando, há uma sinalização de risco de um evento extremo. Nesse sentido, como expliquei antes, a previsão do tempo pelos meteorologistas não é feita valendo-se de um só modelo. No meu caso e dos meus colegas da MetSul, utilizamos vários e o modelo europeu costumam ser o “fiel da balança” pelo seu alto índice de acerto.

Fonte: Jornal Razão

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