Crise na Tusmil: Usuários relatam defeitos constantes nos ônibus

Quem utiliza diariamente o transporte público em Juiz de Fora, principalmente as linhas da TUSMIL, tem uma certeza: nem sempre vai conseguir chegar ao destino no horário certo. Seja por causa do trânsito ou pelas más condições dos ônibus.

Na última semana, um ônibus que fazia a linha 741 apresentou fumaça e quebrou no Mergulhão da Rio Branco deixando vários passageiros desamparados no meio da pista da movimentada avenida.

A cerca de uma semana, no Sábado, vários ônibus apresentaram defeitos na Avenida Getúlio Vargas no centro de Juiz de Fora em menos de uma fora foi contabilizado 6 veículos com defeitos que vão desde falha mecânica a problemas em portas e elevadores de acessibilidade

Há poucas semanas , os moradores de Torreoes ficaram três horas sem o transporte público por causa da falta de manutenção nos coletivos. Um dos ônibus quebraram e não havia outro para ser substituído pela empresa. Com isso, os passageiros ficaram horas sem o serviço, até que a Tusmil conseguisse um veículo para atender a região

Também na linha 436 o veículo veio a apresentar muita fumaça e parar completamente no meio do cruzamento com a Avenida Brasil, provocando um impacto gigantesco no trânsito da cidade.

Informado com exclusividade aqui no JF Informa que em Julho de 2021 a Prefeitura havia solicitado o retorno de 4 linhas, mas a empresa não fez o devido retorno lesando os usuários que precisam destas linhas. Segundo funcionários a empresa não possui ônibus suficientes.

As linhas 303,503,607 e 640 onde duas voltaram meses após a ordem de retorno. Recentemente a Secretaria de Mobilidade Urbana anunciou o retorno de vários ônibus com a volta às aulas porém será algo difícil de acontecer com a empresa que atualmente é a única integrante do Consórcio Manchester com cerca de 70 veículos a menos que o necessário.

A empresa assumiu as linhas da GIL e simplesmente não adquiriu nenhum ônibus dos 70 que a GIL operava. Mostrando a clara falta de ônibus suficientes para cumprir com os horários, neste último mês a empresa Viação São Francisco, que faz parte de outro Consórcio emprestou 5 veículos para a empresa do Consórcio Manchester.

Além da falta de ônibus para suprir sua demanda de linhas atuais, a empresa possui mais de 20 ônibus do ano 2010 que na teoria não podiam mais circular, acima do previsto no edital da licitação de 2016. Segundo a SMU “De acordo com o decreto nº 14.781, assinado pela prefeita, o prazo para substituição dos ônibus com mais de 10 anos foi prorrogado por 3 meses……”

Se sem o retorno das aulas a situação já está difícil de ser controlada imagina com o retorno das atividades presenciais na UFJF onde é praticamente de operação exclusiva da Tusmil. Com vários ônibus para atender os estudantes do campus.

A empresa também recentemente não conseguiu quitar o salário integralmente e precisou parcelar o pagamento, algo que já vem acontecendo à um bom tempo com o benefício do Ticket alimentação de seus funcionários que vem sendo parcelado também. Vários funcionários que não quiseram se identificar também alegam que a empresa não está depositando o FGTS a mais de 12 meses.

Segundo relatos de funcionários a empresa está com 3 meses de atraso no repasse do plano de Saúde, podendo ser suspenso para os trabalhadores da empresa a qualquer momento.

O Sindicato diz estar tomando as medidas para proteger os trabalhadores da empresa, podendo realizar greves ou paralisações.Também como fá foi publicado aqui e detectado pela CPI ainda em 2019, o Consórcio Manchester tem uma dívida de mais de R$ 40 Milhões de reais com a prefeitura de Juiz de Fora, além de vários descumprimentos contratuais apontados pela propria CPI a 2 anos atrás.

Até quando os usuários e trabalhadores vão aguentar essa situação? Na prefeitura ninguém responde! Esperamos que alguma entidade ajude a solucionar esse problema no transporte público da cidade que está ficando descontrolado.