Na tarde da última segunda-feira, 30, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio do programa municipal de enfrentamento à pandemia, Juiz de Fora pela Vida, decidiu pelo retorno da cidade à faixa laranja, devido à variação nos indicadores dos dados epidemiológicos.
A fim de esclarecer a população, a PJF elenca quais mudanças ocorreram, levando à regressão de faixa. De acordo com Ignácio Delgado, coordenador do Juiz de Fora pela Vida, o programa estabelece seis indicadores técnicos: Taxa de ocupação da UTI; Taxa de ocupação em enfermaria; Previsão de esgotamento de leitos; Variação do número de óbitos; Variação de casos confirmados e a Taxa de positividade. “O Programa é baseado em indicadores de uma métrica criada pela Fiocruz, junto com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Conasems”.
Na última semana, dois destes índices apresentaram mudanças significativas. A taxa de positividade para Covid-19 teve um aumento de 23%, e a variação do número de óbitos por Covid aumentou em 100%. Cada indicador oferece um número de pontos e esse total define a faixa em que a cidade se encontra. “Isso afetou o resultado geral da métrica, que nós passamos do número 4, que ainda nos colocavam na Faixa amarela que vai de 0 a 9, para o número 12, que nos coloca um pouco no início da Faixa Laranja”, explica Ignácio.
Os indicadores possuem um caráter preventivo. Eles antecipam e tentam evitar a piora do quadro, buscando garantir segurança para diversas atividades e toda a população de Juiz de Fora. A mudança de faixa altera em particular aquelas atividades onde há maior concentração de pessoas. “Nós não poderíamos manipular informações para, abdicando de critérios científicos, manter a cidade na Faixa Amarela, embora a maior parte dos indicadores sejam positivos”, afirma Ignácio.